quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O Executivo e a Alfabetização Financeira

Muito do estresse a que o executivo está submetido é causado por ele mesmo. Principalmente quando se sente atraído por um estilo de vida e passa a consumir grande parte do que ganha e do seu tempo para mantê-lo. Quando a vida está sobrecarregada destes afazeres é interessante perguntar-se: "isto que estou fazendo atende a mim ou a meus amigos e pares?" Considere a possibilidade de reduzir seu estilo de vida, antes que o estresse o faça.
Ao invés de dedicar-se a ele, dedique-se a ter uma grande vida. O segredo é que o poder de atração está nela. A grande vida é atraente e é construída e pautada por valores, princípios e propósitos pessoais que têm a ver com você. Atraia pessoas e freqüente ambientes que os reflitam.
Não tenha ilusões, somente crianças e adolescentes podem fazer o que gostam, pois não têm de se preocupar com as conseqüências financeiras de seus atos. O adulto deve viabilizar o que gosta de fazer. Por vezes, terá de abrir mão do que gosta para ter o que quer.
Para a maioria ,emprego e fonte de renda estão colapsados. Ou seja, ou eu tenho um emprego ou não tenho fonte de renda. Mesmo alguns altos executivos pautam sua vida financeira pela seqüência ganhar e gastar: primeiro eu ganho meu salário e depois eu gasto. Neste pensamento, parar de trabalhar é praticamente um suicídio financeiro. Existe alternativa: primeiro faça dinheiro, depois invista, lucre e finalmente gaste, nesta ordem. Nela o dinheiro que entra não sai mais - ou seja, não precisa ser ganho de novo. A dificuldade que os executivos têm de adotar o segundo modo é a mesma de todos: abrir mão da gratificação imediata pela futura. Mas, é ela que irá assegurar um motor econômico mais eficiente e duradouro que somente o seu emprego. E deste modo gerar as condições para fazer sua riqueza e prosperidade.

Fonte: Administradores.com.br 21/11/2007Por:Sílvio Celestino http://www.administradores.com.br/noticias/o_executivo_e_a_alfabetizacao_financeira/12948/

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Como Gerenciar o Capital de Giro


Mais do que simples informativo, o fluxo de caixa é instrumento para análise do desempenho empresarial e para previsão orçamentária.Os empresários têm-se preocupado cada vez mais com as operações de fluxo de caixa, devido a algumas constatações mercadológicas dos últimos anos, a saber: mercado acentuadamente vendedor (oferta maior do que procura); queda das margens de lucro; aumento da defasagem entre os prazos de pagamento e de recebimento; considerável elevação dos índices de inadimplência; e custo financeiro elevado para captação de recursos. Assim, será sempre aconselhável a adoção de cuidados extras com as operações do fluxo de caixa.O que é o Fluxo de Caixa?
É um instrumento gerencial de extrema importância na tomada da decisão empresarial, tendo como objetivos básicos a coleta e a organização dos dados e a geração de subsídios para análise de desempenho financeiro e para efetuar previsões orçamentárias.
Qual é o seu Papel na Decisão?
Com o manejo do fluxo de caixa, o empresário tem condições de compatibilizar, no tempo, o Contas a Pagar com o Contas a Receber e, conseqüentemente, tomar decisões sobre temas importantes na empresa como:
O melhor momento da compra;
O melhor momento da venda;
Momentos mais “carregados” do Contas a Pagar; e
Projetar “Estouros/Sobras” de caixa.
Quando se fala em fluxo de caixa, está-se referindo a toda movimentação financeira da empresa num determinado período, analisando-se a composição do Contas a Receber e do Contas a Pagar.É importante ressaltar que o fluxo de caixa reflete as conseqüências e não as causas dos problemas empresariais: por exemplo, a estratégia para resolver o problema da falta de capital de giro deve ter uma visão de longo prazo, em vez de considerar somente o desconto de duplicatas ou o aumento do limite do cheque especial, que tratam especificamente do “curtíssimo” prazo. O juro real atualmente praticado extremamente alto – em alguns casos chega aos 800% acima da inflação – exige, evidentemente, o maior cuidado na análise das fontes de captação de recursos. Em muitos casos, percebe-se que o tratamento dado ao fluxo de caixa não é o mais adequado tecnicamente, pois ele não deve ser considerado apenas como simples informativo.É necessário ter uma visão estratégica de caixa, devendo-se, para tanto, entender o Caixa como Centro de Operações Financeiras.Na realidade, o primeiro passo na tentativa de montar o fluxo de caixa é, sem dúvida, organizar a empresa de maneira que os dados possam ser gerenciados de forma correta. Eis algumas dicas:Efetuar todos os pagamentos com cheque – Com pagamentos em dinheiro, além de se perder o histórico da operação, cresce o risco. Evitar o repasse de cheques de terceiros, prática que pode acarretar problemas futuros no caso de inadimplência, além de ser contrária à política de saldo médio recomendada pelo mercado.Criar um “Caixinha” para pequenas despesas – Passar para o caixinha no início da semana numerário suficiente para despesas como condução, café etc. e prestar contas no final da semana. Isso é recomendado porque a emissão de cheques de pequeno valor resultará em aumento das despesas bancárias.Não confundir pessoa física com jurídica – Evitar, sempre que possível, o pagamento de contas da empresa com cheque do sócio e vice-versa, porque tal prática prejudica a visão da empresa como empresa. Deve-se sempre lembrar que a pessoa física uma dia se vai, mas a pessoa jurídica tem de perpetuar-se, logo, a empresa só é organizada se o sócio também o for.Pró-labore não é lucro – Existe muita polêmica no mercado, porém, do ponto de vista conceitual, o pró-labore é o salário do sócio que trabalha na empresa, enquanto o lucro é a remuneração do capital investido. Para evitar maiores confusões, aconselha-se a retirada quinzenal do pró-labore, enquanto a distribuição de lucros pode ser feita, por exemplo, trimestralmente.Manter uma política de boas relações com clientes e fornecedores – Numa economia em que saber negociar é fundamental, a realização de contratos virtuais de parceria é mais ainda, ou seja, é importante não cair no lugar-comum, e sim cultivar relacionamentos comerciais diferenciados, que poderão fazer diferença na solução de eventual aperto de caixa.Realizar sempre a conciliação bancária – É importante lembrar que o saldo da empresa não vai bater com o saldo do banco, porque existe um intervalo de tempo entre o recebimento/emissão do cheque e a respectiva operação bancária, daí a necessidade de se fazer diariamente a conciliação bancária.Parceiros financeiros – É muito comum certas empresas relacionarem-se com um banco apenas. Com certeza, as possibilidades de novas operações ficam bastante limitadas. Aconselha-se, então, que se cultive relacionamento financeiro com, pelo menos, três instituições, devendo uma delas ser da área pública, estadual ou federal.

Fonte: site Empresário Online

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Por uma vida meno$ ordinária

POR CARLA JIMENEZO obstetra José Antônio Marques não é dos mais aficionados à leitura dos cadernos de economia dos grandes jornais. Com a rotina dividida entre o consultório, na zona oeste de São Paulo, os partos cotidianos e a direção científica da Fundação Oncocentro, Marques tem pouco tempo livre para se atualizar sobre a vida econômica nacional. Mesmo sem conhecimento profundo a respeito dos meandros financeiros, ele é um caso exemplar, aos olhos de especialistas no assunto, de um profissional médico que administra bem o seu dinheiro. Marques diversificou suas finanças ao longo de 30 anos de carreira com a aquisição de imóveis, aplicações em fundos de investimento e um plano de previdência privada. Sua motivação inicial chega a ser trivial. Ele detesta a idéia de dever dinheiro. Por isso, se preveniu. “Não faço dívida que eu não consiga pagar. Caso contrário, eu não durmo.”Seja para manter um sono tranqüilo ou simplesmente para ter reservas que garantam a realização de sonhos, as razões para se investir e planejar as finanças são muito mais simples do que o senso comum acredita. “É para ter qualidade de vida, para engolir menos sapo na vida”, brinca o especialista Ricardo Humberto Rocha, do Laboratório de Finanças da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP). O conselho vale para todo e qualquer profissional. Mas para um médico, que muitas vezes tem mais de uma fonte de renda e invariavelmente assume o papel de empreendedor na condução de um consultório próprio, o controle do dinheiro é imprescindível. O especialista Reinaldo Domingos, da consultoria Financeiro 24 Horas, garante que não é necessário saber o que são juros compostos ou blue chips (ações mais valorizadas na Bolsa) para guardar e fazer render o pró-labore de um médico. “Só é preciso ter atitude e disciplina”, diz ele. E alerta: quanto mais ganhamos, menos controlamos.Embora no Brasil os índices de inadimplência sejam maiores entre quem ganha menos, um levantamento feito em novembro pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) demonstra que boa parcela dos mais abonados também carrega dívidas por falta de planejamento. Dentre os 1.360 entrevistados na capital paulista com renda acima de dez salários mínimos, 25% se declararam inadimplentes. “Há pessoas que ganham R$ 40 mil mensais e ainda assim conseguem gastar mais do que têm”, observa o administrador de investimentos Fábio Colombo. AUTOCONTROLE A médica Luiza (nome trocado), dona de uma clínica em São Paulo, é um daqueles casos de gente que guarda menos do que poderia efetivamente, por não saber gerenciar suas finanças. “Sou completamente desorganizada. Sou consciente de que deixo de ganhar dinheiro por não administrar bem minhas contas”, diz. Entre os “pecados” que ela comete está a mistura de suas obrigações como pessoa física e jurídica. “Pago contas da clínica com meu cheque pessoal e contas pessoais com cheque da clínica”, admite. Ainda que Luiza não tenha chegado a uma situação-limite, ela reconhece que contribui para um desperdício de recursos. É um risco comum, segundo Reinaldo Domingos. “O lucro do mês pode ser perdido por essa falta de controle”, diz. “E, na prática, profissionais liberais, de um modo geral, padecem desse mesmo mal”, completa o consultor. Ele observa que muitos médicos, à medida que acumulam um certo status e capital, começam a sentir-se confiantes demais, um passo para o descontrole.Uma das explicações é que a mudança do patamar de ganhos pode acontecer num curto espaço de tempo e o profissional não se prepara tanto. Ao mesmo tempo, a pulverização de gastos faz as pessoas perderem a noção de suas obrigações. “Ninguém tropeça em grandes dívidas, e sim em pequenas”, diz.
Fonte: Diálogo Roche