Especialista da FGV ensina como programar seu orçamento familiar
Rachel Vita
Rio - A renda da família da professora estadual Maria Aparecida Bruyn, 48 anos, chega a R$ 3 mil por mês. Com marido e dois filhos, ela acha que o dinheiro não rende e que fazia muito pouco com o orçamento. A pedido , o economista Andre Braz, do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisou os gastos dos quatro moradores de São Gonçalo para o ‘De Olho no Seu Bolso’ (nobolso@odianet.com.br). Ao fim de quatro entrevistas, o orçamento foi concluído. “Impressionante. Jamais pensei que as despesas pequenas faziam tanta diferença”, disse a professora.
Aparecida e o marido, o comerciante Fernando Bruyn, conhecem boa parte do orçamento de cabeça. Sabem até quanto gastam com roupas e calçados por ano. Mas estavam acostumados a anotar salário e total que teriam para gastar por mês. Quando discriminavam, analisavam só despesas maiores.
Na primeira entrevista, Aparecida listou as principais contas dela, de Fernando e dos dois filhos. Na quarta conversa, depois de lembranças fundamentais, a professora descobriu que ainda tinha esquecido R$ 1.472, referentes à obra da casa.
“Orçamento é uma coisa complexa mesmo. É um exercício diário. Ao visualizar os gastos, a família consegue fiscalizar melhor as despesas e até economizar”, ensina André Braz. Foi o que aconteceu com Aparecida. “Não tinha idéia de que gastava R$ 200 com alimentação fora de casa. É muito! Meu filho recebe R$ 5 por dia para comer em uma pensão. E eu gasto na cantina da escola onde trabalho”, conta. A professora já decidiu: “Vamos cortar isso. Os dois vão comer na escola e vou poupar esse dinheiro”. No planejamento, Braz direcionou parte da renda da família para despesas fixas, como IPTU. Aparecida se assustou quando soube que teria que reservar R$ 36,25 mensais para quitar o imposto.
“Só isso? Dá para guardar e não pesar no começo do ano”, disse. Ao conhecer seu orçamento, a professora também constatou: “Não sabia que a gente fazia tanta coisa com pouco dinheiro. Mas podemos fazer mais. Basta cortar as bobagens”. A partir das dicas do especialista, o leitor poderá programar o orçamento familiar para evitar a ressaca financeira e ainda levar um bom troco no pagamento do IPTU de 2009.
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